terça-feira, maio 24

Movimento Hippie

O movimento e cultura hippie nasceu e teve o seu maior desenvolvimento nos Estados Unidos. Foi um movimento de uma juventude rica e escolarizada que recusava as injustiças e desigualdades da sociedade americana, nomeadamente a segregação racial. Desconfiava do poder econômico-militar e defendia os valores da natureza.

Na sua expressão mais radical, os jovens hippies abandonavam os confortos dos lares paternos e rumavam para as cidades, principalmente São Francisco, para aí viver em comunidade com os outros hippies; outros casos estabeleceram-se em comunas rurais.
Dois valores defendidos era "paz e amor". Opunham-se a todas as guerras, incluindo a que seu próprio pais travava, a do Vietnam. Defendia o "amor livre" no sentido de "amar o próximo". Podia-se partilhar tudo, desde a comida aos companheiros. A palavra de ordem que melhor resume este sentimento foi à famosa "make love not war".Os hippies apreciavam a "Filosofia Oriental", o que significava alguns aspectos da religião hindu misturada com a doutrina da "não-violência" de Gandhi. Em uma das ações mais espetaculares (e mais ridículas) um numerosos número de hippies rodeou o pentágono (Sede do Aparelho Militar Americano) e tentou fazê-lo levitar apenas com a "força da meditação".
Estabeleceu-se um "estilo hippie", com roupas coloridas, túnicas, sandálias, cabelos cumpridos em ambos os sexos. A flor foi um dos principais símbolos, chegaram a usar a expressão "Flower Power (Força das Flores) como designação do movimento. Uma das canções-hino do movimento aconselhava aqueles que rumavam as cidades dos hippies. "Be sure to wear dome flowers in your hair"(não te esqueças de usar algumas flores no teu cabelo). O "símbolo da paz"(com origem na Inglaterra nos anos 50, no seio do movimento para o desarmamento) tornou-se igualmente no símbolo hippie.
Outro aspecto valorizado era o uso de drogas, o que foi facilitado pelo surgimento de drogas químicas, tais como o LSD, que no início não foi considerado perigoso nem de uso interdito. Os hippies alegavam que as drogas ajudavam a "abrir a mente".
A música pop, com as suas baladas melodiosas, e a música rock com os seus ritmos frenéticos, constituíram um meio poderoso para a expressão da filosofia hippie. Escrita sob o efeito de drogas e ouvidas nas mesmas circunstâncias, julgava-se que a música tinha um efeito libertador da mente. O adjetivo "psicadélico" foi utilizado para caracterizar.Também houve um design "psicodélico", de cartazes coloridos com letras fluídas e deformadas que pareciam reproduzir a deformação e alongamento de imagens que ocorre sob o efeito de certas drogas. Com o mesmo objetivo eram usados desenhos caleidoscópios.
Timothy Leary, um professor universitário que advogava (e praticava) o uso de drogas alucinógenas como forma de "libertar a mente", tornou-se o principal "guia espiritual" do movimento hippie; criou o slogan "Turn On, Tune In, Drop Out" que resumia os principais aspectos da "contracultura" dos hippies.
"Turn On" significava na linguagem hippie, "tomar drogas", "ligando a mente" a uma dimensão de maior liberdade;
"Tune In" tinha significado de aderir ao estilo e filosofia de vida hippie;
"Drop Out" significava abandonar o estilo de vida tradicional, sair do seio familiar, abandonar as expectativas de uma carreira profissional estável e emprego rotineiro;
Significava também recusa de participação na Guerra do Vietnam ou qualquer outra guerra.











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